terça-feira, 6 de outubro de 2009

Máscaras

Coloca uma máscara que oculte a tristeza,
Um sorriso que mostre certeza,
Disfarce que pare a ansiedade.
Coloca um olhar que esconda a verdade,
Coloca uma máscara que te dê cor,
Que te facilite o caminho.
Acalme o tremor.
Que se cole a ti e adoce um sorriso definitivo.
Outro eu vivo.

Como fazer o molde do rosto

Primeiramente é preciso proteger os cabelos cobrindo- os com plástico filme e muito creme no rosto para proteger a pele e as sobrancelhas, um pano é colocado em volta do rosto para delimitar o espaço do molde e evitar que o alginato escorra. Depois de toda essa preparação devemos deitar a pessoa e colocar alginato ( misturado com um pouco de água) em sua face, quando o produto mudar a coloração, ataduras ( molhadas com água e gesso) devem ser coladas por cima do alginado, formando assim camadas firmes.Após alguns minutos (quando as ataduras estiverem secas) o molde negativo é retirado da face, para que possamos dar continuidade, gesso (com água) é despejado nesse molde e após secar é retirado formando assim o molde positivo).

Preparação:
Molde positivo:

Confecção da máscara

Antes de fazer qualquer coisa no molde positivo é preciso fazer o desenho da máscara que irá ser confeccionada (o desenho serve como base), por cima do molde positivo pode-se usar massinha de modelar caso queira saliências na máscara e depois espalhar vaselina por cima (para não grudar na hora de desenformar). A primeira camada da máscara é feita com pedaços de tela de florista e cola misturada com água ( a cola é passada por cima da tela com o auxilio de um pincel), após secar a primeira camadas as camadas seguintes são feitas da mesma forma, mas em vez de usar a tela utilizamos papel (papel higiênico ou jornal). quando todas as camadas forem feitas e estiverem secas (Umas cinco mais ou menos) a máscara deverá ser retirada de cima do molde positivo.

Marcando as saliências com massinha:
Desenho base da máscara (baseado na personagem Isabela):

Máscara retirada do molde:

Finalização

Agora precisamos fazer a finalização, cortar a máscara, dar acabamento por dentro e por fora ( na parte interna cola é uma boa opção, e na parte externa poderá ser colocada massa corrida ou não, fica a critério de cada um) e fazer a pintura (uma paleta de cores é essencial na hora da pintura). Poderá ser colocado elástico na máscara ou prende-la em meia calça (para ficar como uma touca para quem for usar), enfim use e abuse da imaginação, o resultado é apaixonante.

Máscara já cortada:




Paleta de cores da máscara:

Eis a máscara pronta:

máscara feita de cola quente:


Oficina de máscaras

Nos dias 05 e 19 de setembro e 04 de outubro de 2009, os alunos do curso de Licenciatura em Teatro (TEA I) da Unb, tiveram uma experiencia única: participar de oficinas, confeccionando assim suas próprias máscaras. As oficinas foram ministradas por Guto Viscardi e Luana Fonteles Ribeiro.
Cada oficina teve uma etapa diferente, os alunos confeccionaram as máscaras baseando-se em personagens da comédia Dell'arte.
O resultado foi muito legal! Podemos conferir através das imagens:


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Na 2ª farsa – Tabarin guarda, de honra, a mocinha Isabela, filha de Lucas, apaixona-se pelo Capitão Rodomonte... mas antes de contar toda história, gostaria de lembrar que a personagem Isabela não tem uma máscara, por isso desenhei uma especialmente para ela:

sábado, 26 de setembro de 2009

Tipos de máscaras

Máscaras Larvárias

São máscaras inteiras, não permitindo assim a fala de quem a usa, as ações falam por si. A máscara larvária é como um rosto inacabado ( remete ao primeiro estado dos insetos).



Máscara Neutra

Também são máscaras inteiras, mas de fisionomia simples, não esboça nenhum tipo de reação, apoiada na calma e na percepção, o corpo do ator precisa falar pela máscara, podendo assim ampliar todos os seus sentidos.

Máscaras Expressivas

Também pertencem a categoria das máscaras silenciosas (máscaras inteiras, em que não se usa a fala), mas são máscaras de feições mais elaboradas, com definições de caráter, que traduzem estados de ânimo.



Meias – MáscarasAs meias

Máscaras permitem que o ator introduza a fala, pois cobrem somente a parte superior do rosto, o ator precisa então ajustar corpo e voz ao personagem.
Máscara Abstrata

São máscaras inteiras, mas não partem da forma de um animal ou de humanos ela é feita de formas geométricas, propondo ao ator um jogo acrobático e abstrato.


Tipos Populares

São as máscaras feitas a partir de “tipos populares brasileiros”, tendo características físicas e contextos culturais.

Commédia dell'art

A Commedia dell'arte surgiu na segunda metade do séc. XVI, atingiu sua maior popularidade no séc. XVII e chegou até meados do séc. XVIII, quando entrou em declínio. Este gênero teatral que durou aproximadamente dois séculos e meio, exerceu grande fascínio por quase toda a Europa e influenciou (como ocorre ainda hoje) diversos atores, dramaturgos e encenadores.
Vejamos alguns personagens:

ARLECHINO - Proveniente de Bergamo, sua máscara era a mais popular. Inicialmente segundo zanni, transformou-se pouco a pouco em primeiro, encarna uma mistura de esperteza com ingenuidade, estando sempre no centro das intrigas envolvendo as pessoas em confusões. Tem memória curta (não guarda mágoas) e está sempre com fome. É dinâmico, parece ter urgência nas ações físicas, sendo dono de habilidades acrobáticas . Geralmente, Arlecchino é o servo do Pantalone, às vezes do Dottore. Usava inicialmente uma roupa branca e um cinturão, onde carregava um bastonete de madeira, calças brancas, chinelos de couro e gorro branco. Supõe-se que, com o tempo, essa roupa foi ganhando remendos coloridos e dispersos, de onde provém sua atual roupa de losangos. Muitos estudiosos dizem que a origem do nome Arlecchino está na palavra Hellequim – o chefe dos diabos que comandava um bando de espectros e demônios. Hellequim teria se transformado em Herlequim e posteriormante, em Harlequim.


PULCINELA – Muitas vezes conhecido como “Punch”, era um zanni que já existia do carnaval de Nápoles e passou a fazer parte da Commedia dell'arte O esquisito, inspirador de pena, vulnerável e geralmente desfigurado era um criado simples e gracioso, que gostava de uma boa macarronada. Sua corcunda e ventre são proeminentes. Muitas vezes, não é capaz de falar e, por isso, comunica-se através de sinais e sons estranhos, sua personalidade pode ser a de um tolo, ou de um enganador. Tem a voz estridente lembrando uma ave e sua máscara tem um nariz grande e curvo, como o bico de um papagaio.

DOTTORE – ”O doutor”, normalmente advogado ou médico. Visto como o homem intelectual , mas geralmente essa impressão é falsa. Ele é o mais velho e rico dos vecchi. Geralmente, interpretado como um pedante, avarento e sem o menor sucesso com as mulheres. falava em dialeto bolonhês intercalado por palavras ou frases em latim, gostava de ostentar a sua falsa erudição, mas era enganado pelos outros por ser extremamente ingênuo.Usa uma toga preta com gola branca, capuz preto apertado sob um chapéu preto com as abas largas viradas para cima, sua máscara era um acento que só marca a testa e o nariz.

PANTALONE – Um dos vecchi, um rico mercador veneziano, geralmente avarento (o famoso velho pão-duro) e conservador, que não se preocupa com nada mais além de dinheiro. Fala em dialeto veneziano, é apaixonado por provérbios e, apesar de sua idade, corteja uma das donzelas da comédia e não trata bem os criados (os zanni). Sua máscara é negra e se caracterizava por seu nariz adunco, e sua barbicha pontuda. Tem a postura fechada. Suas pernas são juntas, os pés ligeiramente abertos e os joelhos flexionados por causa da idade. Sua cabeça e seu quadril são para frente e seu abdomem é para dentro, revelando sua possessividade. Também era chamado de Petulon, Pultruzon, Pianzamelon, Zanobio, Pandolfo e Lattantio.
INNAMORATI - São os amantes. O innamorato e a innamorata têm muitos nomes, para os moços temos Fabrício, Horácio, Flavio e Lélio e para as moças Angélica, Aurélia e Lucila, mas o nome mais popular usado era Isabella. Eles são jovens, virtuosos e perdidamente apaixonados um pelo outro. Belos e cultos, falam com elegância num toscano literário, eventualmente são personagens ingênuos e não muito brilhantes. Eles usam os trajes mais belos e de acordo com o período e a moda vingente e nunca usam máscara, geralmente, cantam, dançam ou recitam poemas. A enamorada, segundo o esquema da trama, poderia ser cortejada por dois pretendentes, um jovem e um velho.

Projeto Cultural

Quando assistimos uma peça teatral não temos noção do trabalho utilizado para a realização de tal espetáculo. Assim como o corpo humano precisa de todos os órgãos para funcionar perfeitamente, o teatro também precisa de uma equipe por trás, como maquiadores, diretores, figurinistas, atores, cenógrafos, etc, cada um fazendo a sua parte, se um profissional deixar a desejar na sua área pode prejudicar todo um espetáculo, assim como um órgão que não funciona bem pode debilitar o corpo. Temos que ter a consciência que uma pessoa apenas não faz um espetáculo (por mais que seja um monólogo), o sucesso teatral depende muito do controle de trabalho em equipe e de planejamento.
Tudo aquilo que não é planejado antes o resultado tende a sair de qualquer jeito ou simplesmente nada, antes do professor dar a sua aula, ele precisa de um planejamento dessa aula, mas é preciso ser flexível, pois imprevistos acontecem (como horário, número de alunos, etc) e quando surgem esses imprevistos é preciso mudar o planejamento. Para a formação de um espetáculo deve-se bolar um planejamento com calma e atenção, mas como não temos absoluta certeza do que irá acontecer, podemos replanejar caso ocorra algum imprevisto. Agora que sabemos que devemos planejar sempre vejamos sobre os projetos culturais:
A arte é uma parte importante da cultura e deve ser acessível à todos, a constituição de 1988 diz que é obrigação do governo defender o patrimônio e a preservação dos traços culturais, mas infelizmente o orçamento das instituições publicas são reduzidos, (tendo um investimento bem menor de que deveria), mas nem tudo está perdido, existem pessoas e empresas que vivem para a arte, realizando projetos culturais, pensando assim no bem estar da população.
O ponto de partida da elaboração de um projeto cultural é a identificação de uma demanda ou oportunidade, mas para que tal projeto aconteça é preciso dividi-lo em etapas, assim a elaboração do mesmo fica mais fácil, vejamos quais são essas etapas:
_Titulo – O titulo precisa passara idéia do projeto, mas ele pode ser atualizado de acordo com as mudanças.
_Descrição e justificativa – Explicar o que é o projeto, é importante fazer uma pesquisa sobre a região e população onde será implantado o projeto e a partir dessa pesquisa explicar por que o projeto deve ser implantado.
­_ Objetivos – Para que? Para quem? Os objetivos podem ser específicos ( resultado esperado até o fim do projeto- ações em si) e geral (produto final- o projeto não é um fim em si mesmo é um meio para alcançar um fim maior).
­_ Metas – O que pretendemos alcançar – detalham os objetivos específicos.
­_ Metodologia - Estratégias e técnicas para alcançar objetivos.
_ Cronograma – responde a pergunta: Quando? Organizando etapas em uma seqüência lógica.
­_Orçamento – Quanto irá custar?
_ Mensuração de resultados – Avalia o cumprimento das metas e permite avaliar se a estratégia empregada foi bem sucedida.
Algumas empresas se preocupam com o estar bem da sociedade, outras procuram diversas formas de relação e comunicação para com o publico de interesse, devido a esses fatores, alguns artistas ao montar seu projeto cultural procuram ser patrocinados por empresas, mas para que o patrocínio dê certo, além de apresentar seu projeto em etapas é preciso ser objetivo e sintético, procurando enfatizar os pontos de maior relevância para a tomada de decisão da empresa.